2.16.2025

PARA PENSAR

Compreendendo que há possibilidades de más interpretações e/ou juízos tendenciosos sobre o que escreverei, resolvo esclarecer alguns posicionamentos a meu respeito para evitar mal-estar entre emissor e receptor.

Quem me conhece já deve ter percebido que tenho uma certa simpatia pela ideologia socialista, mas nem por isso sou marxista ou algo parecido, pois não aceito de todo as ideias de seus pensadores e/ou idealizadores, obviamente dentro do pouco que li e conheço. Entretanto, acredito que, de certa forma, é público e notório que sou religioso e que professo o cristianismo pelo viés da crença adventista do sétimo dia.

Portanto, escrevo aqui, uma de minhas muitas inquietações: não consigo compreender o pavor ou até mesmo o ódio que alguns professos religiosos expressam sobre o pensamento de que “a religião é o ópio do povo”, a frase está escrita na introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, de Karl Marx.

Evidentemente discordo, categoricamente, com a generalização de Marx ou de qualquer outra pessoa que aceite integralmente esse pensamento, mas não posso deixar de reconhecer que muitos movimentos e denominações religiosas do passado e dos dias atuais, se assemelham mais a uma espécie de substância com influência psicoativa, tal qual uma “droga alucinante” ou um narcótico que tem tirado a sobriedade de seus seguidores.

Entendo que a expressão “a religião é o ópio do povo/humanidade” em vez de ser totalmente rechaçada pelos religiosos, deveria ser aproveitada para uma análise e uma reflexão profunda sobre o tipo de religiosidade que impera no mundo atual, pois parece que muitas igrejas e seus seguidores vivem sob o efeito do vinho da devassidão da meretriz descrita no capítulo 17 do Apocalipse. Entendo também, com base no contexto escrito anteriormente, que é necessário devolver aos seguidores de Cristo tudo o que estão lhes tirando: a liberdade de pensar e argumentar por si mesmo.

Contudo, minhas considerações finais é com as palavras do Apóstolo Tiago: “A religião pura e sem mácula, para o nosso Deus e pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo. Mas, ouso pensar que “os órfãos e as viúvas” de hoje sejam os excluídos da sociedade pelos ditos religiosos, ou não?

Kaká Lopes

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