Compreender
a essência da desumanidade é um desafio para uma nova realidade
entre nós humanos, pois com o advento das redes sociais com uma
larga expansão de acessos; o ódio, a intolerância, o esfriamento
do amor (de quase todos) e o não perdoar tem caracterizado as
sociedades modernas. Daí o mundo viver em conflitos e guerras entre
pessoas, grupos políticos e não políticos e nações com espírito
bélico.
No lamentável histórico de guerras há o registro da guerra do Vietnã que foi um conflito armado pela unificação do norte e do sul-vietnamita. Guerra esta que também ficou conhecida como Resistência aos Norte-Americanos.
No entanto, o registro fotográfico mais famoso dessa guerra é a de uma garota correndo nua por uma via, com expressão de desespero e terror no seu rosto. Suas vestes foram derretidas em seu pequeno corpo após uma grave explosão em sua aldeia. Seu nome é Phanthi Kim Phuc. Levada para Toronto, Canadá, a garotinha que sobreviveu aos bombardeios, sobreviveu também a dezessete cirurgias.
A garotinha símbolo dos horrores da guerra do Vietnã cresceu levando em seu corpo as terríveis cicatrizes da desumanidade. Posteriormente se tornou embaixadora da UNESCO.
O oficial de operações especiais na Guerra do Vietnã, John Plummer, então, com seus 24 anos, sobrevoou a aldeia da pequena Kim Phuc, que tinha outras crianças inocentes, e detonou a bomba de Nepal e retornou para sua base com “seu dever cumprido”. Há relatos que dizem que no dia seguinte ao bombardeio na aldeia vietnamita, John plummer viu as tofos nos jornais, inclusive da garotinha nua correndo, e ficou arrasado com sentimento de culpa.
No estudo bíblico Sabendo Perdoar – primeiro trimestre – 28\02\2003, Lição 9, p. 2 diz: “Em 1996, John, morando perto do Estado de Maryland, ouviu sobre Kim, que iria falar para o público numa sociedade em Whashington DC, dedicada aos “veteranos” de guerra. Como sua casa ficava a poucas milhas do local, John não hesitou em dirigir-se ao local, misturando-se à multidão.
Durante seu discurso, Kim disse: “- Se eu pudesse um dia falar, face a face, com o piloto que detonou aquela bomba, eu lhe diria que nós não podemos mudar a história, mas podemos tentar fazer coisas boas no presente”.
Plummer tocado por grande emoção, escreveu um bilhete: “Eu sou aquele piloto”, e fez-lhe chegar às suas mãos.
No final da cerimônia, John foi até Kim e apresentou-se. Tudo o que Kim conseguiu fazer foi abrir os braços marcados pelas queimaduras, e envolvê-lo num abraço emocionado.
John soluçando, só conseguiu dizer: “- Eu sinto Muito!”
Kim respondeu: “- Tudo bem, eu te perdoo”.”
Portanto, se não podemos realmente mudar a história e seus fatos desumanos já cometidos por “humanos”, podemos criar uma humanidade com outra mentalidade. Mentalidade com mais pacificidade, mais tolerância, mais perdão, sem racismo, sem preconceitos, com o aquecimento do verdadeiro amor de Deus no coração para compreender e aceitar a humanidade superando a desumanidade.
Kaká Lopes
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