5.12.2025

Inteligência HUMANA em corpos HUMANOS

 

A História tem registrado que a trajetória das pessoas nos tempos passado e recente é feita de mudanças e permanências. Vez ou outra as mudanças aparecem deixando pessoas otimistas e, ou, pessimistas. Assim, aconteceu com as mudanças no modo de produção com os avanços tecnológicos. No livro O que fazer quando as máquinas fazem tudo relata: “O que o Fórum Econômico Mundial chamou, em 2016, de Quarta Revolução Industrial, agora já é uma realidade: uma época de desarticulação econômica, quando os antigos modos de produção dão lugar a novos e quando aqueles que podem utilizar o poder da máquina terão a recompensa da expansão econômica. Do mesmo modo como a Primeira Revolução Industrial iniciou com a invenção do tear, a segunda com a máquina a vapor e a terceira com a linha de montagem, a quarta terá início com máquinas que parecem pensar … os sistemas de inteligência”.

As mudanças advindas no passado e as mais recentes mostram que algumas profissões deixaram de existir com a automação das coisas enquanto outras surgiram e continua a surgir com as novas tecnologias, bem como as tecnologias das comunicações.

Mostraremos aqui três profissões, entre tantas outras, que se tornaram obsoletas e desnecessárias para os dias atuais dos “sistemas de inteligência”, vejamos:

DATILÓGRAFO – Antes dos computadores existirem e se popularizarem pessoas faziam curso de datilografia e assim alguns eram, em parte, pagas para datilografar documentos e textos diversos na antiga máquina de escrever (Esse é um dos certificados que tenho);

ATENDENTE DE LOCADORA – Antes da era atual dos streamings, alugar um filme exigia sair de casa e ir até uma locadora e escolher entre milhares de opções, um ou mais filmes para assistir sozinho ou entre amigos e familiares, na prateleira e quando era em fita tinha que devolver rebobinado (lembro aqui da Esperança Vídeo do colega agente de trânsito Roberto, que agora tem a loja Esperança Acessórios);

TELEFONISTA – Eram profissionais responsáveis por conectar ligações telefônicas entre as pessoas a partir de um painel central, antes dos celulares. Daí surgiu também as telefonistas atendentes de postos telefônicos, credenciados pela companhia de telefone do Estado para prestar o serviço de telefonia a comunidade local que não possuía telefone em casa, para fazer ligações interurbanas com o olho no cronometro para registrar os minutos falados por cliente para cobrar a ligação depois de concluída (A amada da minha alma, Rejane, foi uma dessas telefonistas de posto em nossa cidade). Como vimos essas profissões não existem mais, porém novas surgiram e entende-se que as novas gerações foram e são agraciadas com as novas tecnologias e suas novas profissões.

Profissões surgem, deixam de existir, outras mudam e outras permanecem, mas o problema atual não está nas profissões que deixarão de existir e nem no advento de novas. O problema da época presente com os seus “sistemas de inteligência” é ter pessoas com corpos humanos com inteligência artificial. Sabendo que já existem tantas pessoas desprovidas de inteligência natural, que se deixam levar por qualquer sensacionalismo político, religioso, social e econômico para viverem como que levados por quaisquer “ondas de vida” mesmo que o final seja trágico. É necessário, portanto, que nosso mundo, nossa sociedade, nossa comunidade, nosso lugar de pertencimento seja de pessoas com corpos humanos com inteligência humana também.

Kaká Lopes

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