Parece que a escultura traz uma mensagem e reflexão positiva do homem, no sentido genérico, em busca de si mesmo; o homem que se faz sozinho da pedra bruta; o homem lapidando seu próprio caráter e o homem que por seus próprios esforços obtém sucesso profissional – exaltando uma das máximas do capitalismo, a meritocracia.
A escultura em questão é uma bela obra de arte bem trabalhada, bonita e que chama atenção pela criatividade da escultora. Entretanto, seu significado e mensagem são ilusórios, pois passa a ilusão de que o ser humano é seu próprio criador e é capaz de se refazer a si mesmo em qualquer tempo ou situação com seus esforços. No entanto, não é assim, no livro de Gênesis é afirmado que: “então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2:7). Já São Paulo em seu discurso no Areópago em Atenas disse: “de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra” (Atos 17:26). E Jesus de Nazaré deixou bem claro: porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5).
Portanto, o ser humano tem um Criador, logo é uma criatura, e ninguém chega a lugar algum unicamente por seus méritos próprios ou consegue lapidar sozinho seu próprio caráter, pois se assim fosse não haveria tanto mau-caratismo em nossa sociedade tão corrompida pelo egoísmo e pelo ódio tão disseminado entre as pessoas. Porém, fica para nosso crescimento e amadurecimento moral e espiritual as palavras de Cristo: “sem mim nada podeis fazer”.
Kaká Lopes
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