ESTADOS UNIDOS - FERRO E BARRO

A terceira semana de janeiro|2025 foi de notícias, informações, especulações e boatos proclamados pela imprensa brasileira; imprensa dominada pelos magnatas das comunicações e imprensa alternativa, pelos canais de televisões pagos e abertos, pelos sites, pelas redes sociais e aplicativos. O motivo era o foco na posse do atual presidente estadunidense, em suas primeiras medidas e pronunciamentos e falas. Neste contexto uma grande parte da mídia focou em uma resposta do presidente a uma jornalista brasileira quando ele exaltava seu país alegando não precisar dos países da América do Sul e que esses é que precisam do seu país.

É costume entre os estadunidenses, em cerimônia de posse de seus presidentes, haver um juramento, por parte do político que vai exercer a presidência, utilizando exemplar da Bíblia Sagrada. Pois bem, acredita-se que eles por serem um país predominantemente protestante tenham conhecimento das sagradas letras. No entanto, parece que o atual presidente nunca leu o profeta Daniel ao interpretar o sonho do rei Nabucodonosor, ou leu e não entendeu o significado da profecia que revela a era dos antigos impérios desde o neobabilônico, passando pelos Medos e Persas, Grego Macedônico, Romano e os atuais estados modernos que são um misto de fortaleza e fraqueza representados pelos pés da estátua do sonho do rei babilônico.

Saindo da profecia que assinala o fim dos impérios e que o Reino de Deus se tornará o que já é: soberano sobre tudo e todos. O historiador Eric Hobsbawm que escreveu livros sobre algumas eras – A Era dos Extremos, A Era dos Impérios, A Era do Capital – disse que as Eras dos Impérios já acabou. E no livro A Era do Capital mais precisamente na página 454 ele escreveu: “A era do individualismo encerra-se em 1870…”. Portanto, o presidente dos Estados Unidos da América do Norte com sua economia, grande exército militar e seu país fazem parte dos pés da estátua de Daniel capítulo dois, tendo por um lado a firmeza do ferro e por outro a fragilidade do barro.

Obviamente que respeito aos Estados Unidos, sua soberania como um país (como aos outros países de todos os continentes), seu povo e suas instituições devem ser mantidos, mas quem quiser ser capacho, subserviente ou vassalos dele fique à vontade. Entretanto, não esquecer que são apenas ferro e barro.

Kaká Lopes